domingo, 20 de setembro de 2009

“Cidade dos Bondes” é premiada pela CBTU

Há cerca de 6 meses venho tentando abarcar as novidades dos últimos 10 anos do estado-da-arte e que ainda não foram apropriadas na prática nos estudos de transporte de Belo Horizonte visando sensibilizar o tomador de decisão na priorização de meios de transporte mais eficientes para o período 2009-2012.

Esse trabalho gerou uma monografia denominada “Cidade dos Bondes – uma nova mobilidade para uma nova cidade” e que acaba de ser premiada com o 1º lugar do concurso de monografias da CBTU com o tema “Transporte e desenvolvimento urbano”.

O esforço parecia inglório já que esbarrava em três problemas: conhecimentos já apropriados pelos técnicos, mas que não sensibilizava o faro político; corpo técnico refratário a novas ferramentas e, por último, buscar solução para problemas não formatados no escopo estrito do problema de transporte, mostrando que o enfoque multidisciplinar ainda está longe de ser realidade. Para superar todos eles, foi fundamental as opiniões emitidas pelos colegas da lista do GTDU nos últimos dois anos, com destaque para o Raul Lisboa, Nei Simas, Joaquim Aragão, Peter Alouche entre outros.

Novas ferramentas como Cidades Policêntricas, Transporte de alta-capacidade orientando o desenvolvimento e novas tecnologias como o Maglev se uniram a antigas ferramentas como transporte adequado à densidade do solo para alcançar metas externas ao setor transporte. É o que propõe a ONU com as Metas do Milênio e é o que proponho acrescentando ao problema de desenvolvimento econômico e de qualidade de vida a questão específica da segurança pública, expondo a especulação imobiliária como um agente no esquecimento de regiões. Nesse ponto foi fundamental o apoio da Dra. Miriam Gontijo e a categoria de análise de Espaço e Memória.

Como pano de fundo, a mudança das cidades modernas para pós-modernas deixando o legado da era do consumidor onde cada um pensa em otimizar a sua própria função de utilidade o que gerou um planejamento pulverizado e a “tragédia dos comuns” parece ser a realidade. Aos problemas oriundos das Ciências Políticas gostaria de agradecer os ensinamentos do Pedro Porfírio, Homero Jr. e do Maurício Cavalcanti, numa seara onde estado da arte e estado da prática caminham juntos. Não vou esquecer o melhor Jornal do Brasil.

E, por fim, um agradecimento mais do que especial aos amigos que foram obrigados a conviver comigo na Gerência do Planejamento da Mobilidade na BHTRANS, na Assessoria Parlamentar da Câmara de Vereadores de BH e, principalmente, na ONG transporte e ecologia em movimento – ONGtrem. A todos vocês eu dedico esse trabalho.

2 comentários:

  1. Ao RAIR de Domingo as 5:17 descubro uma PEROLA Paulo Serra

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    1. Só você, Paulo, só você...Estou tentando socializar essa idéia para ganharmos cidades melhores.

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